30 maio 2012

Wagner Moura e Legião: "Será? Nunca serão!"

"Caraca! O cara tá curtindo pacas. Parece um "muleque", olha. Tá se divertindo pra caramba. Se tivesse lá ia fazer a mesma coisa!" Esse era eu ontem a noite no meio da sala, com o som da TV alto às 11 da noite. Descalço. De cueca boxer. Com uma camiseta velha, surrada (furada) do Che. Estava narrando o que acontecia para as minhas filhas, de 8 e 3 anos, após ter pulado e chacoalhado a "cabeleira" ao som de "Ainda é cedo".

O "Tributo ao Legião Urbana" não foi um show de lançamento de uma banda. Tampouco o objetivo era lançar Wagner Moura como cantor. A comparação do ator de Tropa de Elite com o mito Renato Russo não cabe nessa ocorrência. O objetivo foi celebrar as músicas dessa banda, que inspirou e marcou a "Geração Coca-Cola". 
Minhas filhas nunca conheceram o Renato, nem fazem relação do ator Wagner com o "garoto" entusiasmado, fã de carteirinha da banda, que estava lá na frente cantando e interpretando alucinado as músicas que marcaram a vida dele. Mas elas conhecem as músicas. Elas conhecem rock n´roll. E ouvem comigo todos os dias boa parte delas no carro. 
Me peguei pensando em quantas bandas covers eu ouvi cantando Legião. Quantas vezes entoei esses cantos em Karaokês com os amigos. As inúmeras cantorias no carro batucando no volante e tentando me transportar para algum lugar no passado, onde as músicas faziam sentido pra mim, e de forma nostálgica, mudavam o meu humor e minha maneira de lidar com cada problema. Assim como eu, Moura, deve ter se sentido.

O show de ontem pode ter sido uma estratégia de marketing, uma forma de pegar carona na popularidade do ator, um fiasco para convites futuros como cantor, mas para mim, foi uma máquina do tempo. Assim como o filme "O Homem do Futuro". E tenho certeza que para o Wagner também foi. Ele tava lá. Curtindo. Esqueça a postura midiática dele. Ele também é ser humano. E como um fã, foi o escolhido. E deu o seu melhor.


Cobramos demais, exigimos muito, olhamos sempre para a metade vazia. Ver Legião, com todos os problemas técnicos de microfones, a voz infantil do Bonfá, o Dado errando acorde, mostra que a humanidade existe e a perfeição é algo intangível. Depois de tanto tempo fora dos palcos, a coragem de abraçar uma empreitada dessas já valeu a latinha que tomei ontem e minhas palmas e risos com as filhotas. E jogue a primeira pedra quem não teve uma pontinha de inveja do "meninão" Wagner, e se fosse convidado, não estaria lá com a mesma empolgação e dando seu melhor, vivendo cada segundo. Eu queria. Iria desafinar sim, mas também suar, sorrir, pular e no final o único a poder dizer: "Será? Nunca serão!"


*Leia também o post que escrevi sobre a participação do Axl no Rock n´ Rio 



22 maio 2012

Jornalismo Regional na Feira do Livro de Ribeirão Preto

Acontece durante a 12a. Feira Nacional do Livro de Ribeirão Preto, um salão de ideias onde eu e os amigos também jornalistas: Igor Savenhago, João Carlos Borda, Paulo Carlim e Rubens Zaidan vamos debater sobre o Jornalismo Regional, inspirado no lançamento do livro "Jornalismo Regional: Estratégias de sobrevivência em meio as trasnformações da imprensa.", do qual somos todos co-autores.

O salão de ideias é no Auditório Palace, dia 25 de maio, sexta, às 10h30 da manhã.

Esperamos vocês!