foto do blog de Emilson Tavares |
É fato que o jornalismo televisivo vem passando por mudanças há um bom tempo. O império Marinho não é mais o mesmo. Até o tradicional Jornal Nacional, pioneiro com estréia em 1969, busca bravamente, ainda sem sucesso, "desengessar" o formato norte americano de transmitir notícias na televisão. Mas o JN é assunto para um outro post que ainda está por vir.
Na minha infância lembro de assistir nas noites de domingo, durante o "Show da Vida", as narrações formais de Léo Batista dos gols da rodada. Era o momento para que meu avô e meu pai, palmeirenses de mão cheia, não desgrudassem os olhos da televisão. Hora também de minha mãe e minha avó se retirarem para a cozinha para prosear, o quão pouco atrativo era aquela linguagem, suportável apenas aos homens da época (nota: esse humilde que vos escreve é corinthiano, ok. Mais um assunto para outro post, vamos adiante). Era a mesma coisa que tentar explicar em dois minutos o que é física quântica, ou as propriedades físicas e químicas dos compostos orgânicos, ou ainda as definições de direito tributário.
A linguagem do telejornalismo e principalmente do telejornalismo esportivo tinha que evoluir. Muitos nomes surgiram nesse período como: Tino Marcos, Mauro Naves, Marcos Uchoa e depois ainda Régis Rösing, Tadeu Schimidt entre outros, até chegarmos no "jeitão" do Tiago Leifert. É bem verdade que a linguagem evoluiu e chega hoje mais próximo de um número maior de pessoas e também faz com que o futebol consiga se manter no título de "paixão nacional", agora não só cultuado pelos homens, mas também pelas mulheres. E elas também mostram hoje seu talento no jornalismo esportivo. E já quero dizer aqui como acho saudável isso. Os que me conhecem sabem que não sou nem um pouco machista. Competência e ética não tem cor e muito menos sexo. Temos que citar aqui também alguns nomes como: Mylena Ciribelli, Glenda Kozlowski, Ana Luiza de Castro, Mariana Becker entre outras.
Agora me pergunto: Até onde vai a guerra pela audiência? Imagino que muitos acompanharam a mega campanha rotulada por uma rede de televisão do "Dança Renata Fan". Algo que se arrastou por meses em um programa diário de esportes, pelas redes sociais e por todo lugar, como pode ser visto no vídeo produzido pela própria emissora abaixo. Deveria ser assim a participação da mulher no jornalismo esportivo? O jornalismo esportivo não deveria mostrar notícias esportivas? Não deveriam usar esse tempo para conscientizar torcedores de que o futebol no Brasil é uma indústria? E agora? Quem dá a bola?
1 comentários:
Há brasileiros e brasileiros. De brasileirinhas a campeonatos, a verdade (ao meu ver, claro) é uma só: brasileiro gosta mesmo é de rebolation. Basta olhar os vídeos mais assistidos no youtube e você nota a ausência de conteúdo no que mais chama a atenção de nós aqui. Sorryful! Parabéns pela postagem e pelo blog, Edu!
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