Como nasci no fim da década de 70, vivi parte da infância nos anos 80. E posso dizer que essa década foi fantástica. Nessa época eu ainda era filho único (meu irmão nasceu apenas em 86, dez anos depois de mim). Tinham poucas crianças na minha rua. Meus primos moravam longe, então minha companhia preferida era a televisão. Claro que existiam muitas brincadeiras, mas a televisão era a porta de entrada para que eu me comunicasse com o mundo exterior e criasse o meu próprio mundo imaginário. Será que é por isso que hoje trabalho com televisão? rs.
Foi ali que conheci o palhaço e o circo. Quem nunca quando criança não quis ir embora com o circo? Quem nunca se encantou com esse mundo mágico? Quem nunca riu com o palhaço e suas inocentes piadas? Também me lembro qual dos inúmeros filmes dos Trapalhões era o meu preferido: "Os saltimbancos trapalhões." Talvez porque eram personagens humildes, maltrapilhos, tinham somente a roupa do corpo e aquilo era suficiente pra eles. Talvez porque mesmo com toda aquela simplicidade e dificuldade da vida ainda riam, e faziam os outros rirem. O palhaço sempre está feliz, mesmo quando está triste.
Pude conhecer mellhor o trabalho do Grupo Zibaldoni no ano passado, onde minhas alunas de jornalismo da Barão de Mauá produziram um documentário para o TCC (Trabalho de Conclusão de Curso) com o título: "Lona de Céu", um documento sobre o trabalho do grupo nas favelas de Ribeirão. Para quem se interessar, segue o link do documentário abaixo.